Saindo do forno, um artigo que tem direta ligação com as discussões empreendidas no Nex.

http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/view/1042/789

Nesse artigo, tento pensar os diálogos possíveis entre o documentário e a pornografia partindo da ideia de mobilização de desejos e saberes presentes em ambos os domínios. O excesso é aqui um mobilizador de desejos de saber e de ver que se articulam na série Real People, Real Life, Real Sex, do realizador Tony Comstock. Damon and Hunter

Os filmes articulam documentário e pornografia em uma promessa de apresentação ao olhar público da intimidade dos seus personagens, performada a partir de falas e números sexuais. Nesse sentido, a ideia de um real associado ao excesso de visibilidade é reafirmada enquanto commodity e enquanto fonte de prazer visual e voyeurístico. Os filmes jogam com um desejo pelo “real” (que contemporaneamente parece se associar ainda mais com a ideia de intimidade partilhada, trazida a público, no excesso de visibilidade), desejo que é traduzido em promessa pela tessitura documental e pornográfica dos filmes.

Enfim, reflexões para circular, para debater.

E também para agradecer aos colegas do grupo de pesquisa pois certamente são ideias que ganharam corpo com os encontros.

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